Mentiras
- Jack Petrovik
- 19 de jan. de 2015
- 2 min de leitura
Hoje nossa música tocou na rádio sabe, aquela que sabiamos a letra de cor. E dizíamos que era a nossa banda. Senti algo crescer aqui dentro de mim, sei lá passou tanto tempo é o resto de sentimento bom foi embora. As nossas músicas deixaram de tocar, as nossas coisas em comum se tornaram cada dia mais individuais, o nosso céu eu vejo sozinho hoje. O nosso cantinho no cinema em que ficavamos abraçados vendo todo o filme juntos e dizendo que aquilo poderia durar para sempre hoje eu nem quero mais chegar perto. Ontem eu fui lá. Tinha outro casal namorando. Sabe nossa árvore no parque aquela em que ficamos por diversos momentos enquanto eu dizia para você que tudo acabaria bem é um mar caia de seus olhos. Há! É aquele perfume que você tanto gostava, deixei de usar, o vidro que tinha fiz questão de jogar pelo ralo é aquele cheiro pairou durante semanas no meu banheiro. Quase enlouqueci. Acabou é como foi difícil entender isso, nem sei se entendi ainda. Será que ainda te reconheço, será que ainda podemos se ver um no outro ou seremos como estranhos que andam pela rua a se cruzar dia após dia. Acho que quando eu tiver a oportunidade de te ver novamente depois das juras de amor, das promesas de engano, dos beijos quentes, das noites lindas que tivemos não irei reconhecer aquele que por muito tempo dediquei minha vida, meu respirar. Aquele que por tantos é tantos anos foi a razão da minha existência é hoje não é mais. Saberei nem o que te dizer acho que ficarei te olhando no fundo, no fundo dos teus olhos. Tentando por seguir um momento reencontrar resquício do que um dia fomos, procurando por aquele por quem eu me apaixonei um dia, sem saber que tudo não passava de uma mentira.

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